sexta-feira, 30 de abril de 2010

Surf's Up


Capa

De 1962 até 1966, os Beach Boys entronizaram um estilo musical original e marcante, que engloba vai desde Surfin’ Safari até o Summer Days (And Summer Nights), combiando canções sobre praia, carros, garotas e festas.

A partir dali, no entanto, eles entraram num impasse: se a fórmula estava dando certo, por outro, o rock estava mudando para um outro caminho, tanto ao tocnte à temática das letras quanto aos arranjos.

Como avalista musical da banda e produtor dos discos, Brian Wilson se distanciava cada vez mais dos seus colegas, elaborando arranjos cada vez mais difíceis e complexos. Inspirado no Rubber Soul, dos Beatles, ele decidiu elaborar uma produção típica de vanguarda — algo diverso da lingueam e do paradigma pop típico deglutido pela Indústria Cultuiral da época.

O seu próximo passo foi Pet Sounds. O problema foi que, saído de sua própria cabeça, Wilson fez praticamente tudo sozinho, com a ajuda de músicos mais experimentados do que seus colegas dos Beach Boys, e procurando um outro letrista. Brian convidou Tony Asher para a tarefa, e sugeriu que eles abandonassem a temática “praia-carros-garotas”. Mike Love destestou o resultado, e detestou mais ainda o fato de Wilson ter mexido na fórmula exitosa dos discos anteriores, mais o de haver procurado auxílio “alienígena” para o projeto.

O corolário foi que, de tão impctante e original, Pet Sounds foi incompreendido, foi mal nas paradas. Ainda fazendo ouvidos mouvos aos parceiros, resolveu ir além, criando uma suíte intitulada Smile, dessa vez contando com o auxílio de Van Dyke Parks.

Este, por sua ve, ao contrário de Asheer, não suportou a pressão de Mike e grande elenco e desistiu cedo do trabalho.

Brian queria, no entanto, levar o sonho de Smile até o fim, a qualquer custo. Porém, a pressão insistente de Mike Love, ao chamar o novo disco de “aliteração lisérgica” somada à desistência de Parks em permanecer e o insucesso comercial de Pet Sounds o levou a um colapso que fez com que o líder dos Beach Boys jogasse a toalha.

Além disso, o abuso de drogas ilegais e de anfetaminas agora estava pagando o seu preço, e sua saúde começou a declinar de forma considerável. Com as sobras de estúdio, os empresários do quinteto e Carl Wilson, que agora pegava as rédeas daquela diligência que descia ladeira abaixo, decidiram fundar uma gravadora (a Brother) e retomar os trabalhos.

Smile
virou Smiley Smile, que contava com parte dos esboços de Wilson, que agora iria curtir um ostracismo para apenas retornar aos BB uma década depois.

O disco também foi um fracasso em vendas. O plano era agora tentar retomar o caminho enquanto o contrato com a Capitol encerrava, e de uma forma ligeiramente melncólica. Quando eles mudaram de selo, ficram livres.

Agora eles tinham um selo próprio (a disribuidora seria a Reprise), haviam colocado Bruce Johnston no baixo no lugar de Wilson e arranjarm um novo produtor, Jack Rieley. Dessa nova fase, o grupo lançou dois discos interessantes: Sunflower e este aqui Surf’s Up. O primeiro mostrava um processo diferente dos Beach Boys em estúdio: agora todos colaboravam com músicas e idéias, como Got To Know The Woman, escrita e interpretada por Dennis Wilson.

O resultado final, contudo, não os agradou — e daí surgiu a idéia de recrutar Rieley. Por su vez, ele sugeriu que Carl se tornasse o líder efetivo e que eles apostassem mais em letras que falassem de política e, sobretudo, de ecologia (como em A Day In a Life Of a Tree, contado no foco narrativo de uma árvore (!) e Don’1t Go Near The Water).

Mais ousado e menos pop que Sunflower, no entanto, ao escutá-lo, o ouvinte pode perceber que, mesmo que execrado e vivendo o seu triste auto-exílio, Brian ainda se faz ouvir nop som dos BB.

No fim das contas, eles abdicaram do modelo das músicas de outrora, que cheiravam a espírito juvenil e fizendo uso da mesma linguagem sofisticada que Wilson concebera, quatro anos antes. Nesse aspecto, Surf’s Up é um atavismo e Smile, como se eles houvessem totemizado o paradigma do ex-parceiro de banda.



Aliás, a faixa que dá título ao disco é mais uma das sobras do projeto inacabado de Wilson, e que ele só iria retomar (sem os Beach Boys e com Van Dyke Parks, em 2004. Porém, se a idéia de escrever letras ecológicas parecia interessante para todos, não foi para Bruce Johnston, que não gostou nem um pouco da interferência de Rieley na sonoridade dos BB e deixou o quinteto, logo após o lançamento, em agosto de 1971.


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2 comentários:

Anônimo disse...

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