terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Frampton Comes Alive!
A capa
Discos ao vivo em geral não têm a a acurada sofisticação dos trabalhos de estúdio: às vezes a captação de som não é a das melhores, às vezes muita coisa tem que ser remixada posteriormente para lançamento em elepê, como um contrabaixo. Às vezes o público abafa o som da banda.
Ou seja, a despeito de serem, a rigor, gravados ao vivo, eles sempre serão simulacros da apresentação. A despeito disso, sem dúvida, muitos deles galvanizaram a história do próprio rock. Exemplos não faltam: Live at Fillmore East, do Allman Brothers Band, Live At Leeds, do Who; Loco Live, dos Ramones; Get Yer Ya Ya's Out, dos Rolling Stones, ou até (e inclusive) o Made In Japan, do Deep Purple.
Mas existe um que talvez não chegue à excelência dos citados acima, mas ele conseguiu uma visibilidade inenarrável, Frampton Comes Alive!, do inglês Peter Frampron Multinstrumentista, compositor, músico de estúdio, ele começou no Humble Pie enquanto trabalhava amiúde em projetos paralelos com outros composiitores, como George Harrison e Harry Nilsson.
A duras penas, ele saiu da sombra da banda de Steve Mariott para consolidar uma carreira solo, vivendo em palcos, de forma a divulgar sua música. Contudo, se ele tinha uma excelente audiência, seus discos não vendiam bem.
Até que Frampton resolveu lançar em disco alguns highlights de sua turnê americana de 1975. O misto de sua performance no palco, somado ao fato de que o álbum, duplo, foi vendido abaixo do preço de um disco duplo nos Estados Unidos (oito Dólares, em vez de 14, que era a média, na época), fez o disco vender como água. Foi o êxito comercial de Frampton e um dos discos ao vivo mais vendidos em toda história americana, ficando dez semanas no primeiro lugar da Billboard.
E, a despeito de todos os problemas técnicos, o disco pega Frampton onde ele sempre foi excelente, ou seja, diante de uma platéia. Mais: duas canções, Show Me The Way e Baby I Love Your Way (do então seu mais recente disco)se tornariam clássicos totalmente reconhecíveis até por quem não gosta de rock, embora muitos contestem o caráter roqueiro do estilo de Peter, e tocam até hoje nos vitrolões de FM de todo o globo terrestre.
Porém, a mais bela do disco é a viajandona Lines on My Face (do Frampton's Camel), com um sublime trabalho de guitarra de Frampton, típico exemplo de slow hard rock que fazia muito sucesso nos anos 70.
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